TRADIÇÃO E INOVAÇÃO: ASSIM ENSINA “A ARTE DO BEM RECEBER”

Por Márcio Assad

Sempre inicio minhas palestras destacando a importância de minha trajetória de 45 anos na vida empresarial. Contudo, essa experiência, por mais valiosa que seja, não pode se cristalizar no tempo. Se não for renovada a cada dia, torna-se obsoleta, afinal, o mundo está em constante movimento. Coisas novas surgem a todo instante, transformando o marketing, a comunicação e o jeito de lidar com as pessoas — e, esperançosamente, para melhor.

Aprendi que cada grupo que recebo na cidade da Lapa, ou mesmo em outras regiões onde atuo, é único. Cada visitante carrega expectativas, sonhos, desejos que exigem de nós, profissionais do turismo, uma leitura atenta e sensível. Por isso, sempre penso: qual a melhor forma de acolher essas pessoas? Como transformar o simples ato de guiá-las por um espaço histórico ou cultural em uma experiência realmente memorável?

“A Arte de Bem Receber” nasce dessa reflexão constante. Um princípio que carrego comigo e que compartilho com quem deseja atuar com qualidade no turismo e em qualquer área que envolva o atendimento ao público.

Em essência, acredito que é fundamental reconhecer que os mercados não são formados apenas por números, metas ou estatísticas, mas por pessoas interagindo com pessoas. Se quisermos ser relevantes, precisamos ter empatia verdadeira por quem está à nossa frente. Especialmente por essa categoria tão especial chamada turistas, que viajam não apenas em busca de lugares, mas de boas histórias, de acolhimento e de experiências significativas.

Por isso, digo com convicção: não basta criar algo e tentar vender. Antes de qualquer coisa, é preciso compreender o outro, ouvir com atenção, perceber as sutilezas das suas necessidades e desejos. E, a partir disso, oferecer algo que realmente faça sentido para aquela pessoa, para aquele grupo.

 

No fundo, “A Arte de Bem Receber” é isso: um convite para que a tradição de bem acolher seja constantemente renovada pela inovação, pela escuta ativa e pela empatia. Afinal, aqueles que chegam até nós buscam mais do que um passeio — buscam uma experiência que se transforme em boas lembranças. E cabe a nós proporcionar momentos agradáveis, que possam ser revisitados com carinho na memória de cada visitante.

E como digo em minhas falas: “De um ser humano que vos recebe, para outros seres humanos que aqui vêm em busca de algo que vá além do simples olhar. Algo que toque o coração.”