A Importância da Manutenção em Patrimônio Histórico

Em meio à imponência de monumentos históricos, como o Pantheon dos Heróis, a passagem do tempo exige um cuidado meticuloso, especialmente quando se trata da integridade de telhados e calhas. O ano de 2024 marcará não apenas os 80 anos do mausoléu cívico-militar, mas também os 130 anos do cerco da Lapa, celebrando uma parte significativa da história republicana do Brasil. Entretanto, a umidade, inimiga silenciosa, ameaça a preservação desse patrimônio, que teve parte de sua estrutura abalada justamente pela falta de manutenção preventiva.

A Complexidade do Estuque:

O Pantheon dos Heróis, construído com a grandiosidade que homenageia os que lutaram em defesa da república, é um exemplo do estuque como material construtivo. Essa técnica, mistura de gesso, cola e fibra;  proporciona ornamentos e detalhes únicos, mas exige atenção redobrada, pois a umidade pode comprometer irremediavelmente sua integridade.

A Ameaça da Umidade:

Goteiras e infiltrações são pesadelos para quem é responsável pela preservação de edificações antigas. No caso do estuque, a situação é ainda mais delicada. A umidade pode penetrar nas camadas, levando à deterioração e comprometendo a estabilidade estrutural. A detecção precoce desses problemas é crucial para evitar danos irreversíveis. Como os ocorridos na Pantheon.

A Necessidade de Manutenção Preventiva em outras peças:

A manutenção preventiva emerge como o antídoto eficaz contra os estragos do tempo. Inspeções regulares e substituição adequada de peças danificadas dentro das técnicas de restauro são de extrema necessidade e demonstração de respeito pela história, senão vejamos o estado em que o Exercito Brasileiro entregou os canhões que ornam o conjunto histórico-cultural do Pantheon dos Heróis e como se encontram atualmente, justamente às vésperas da efeméride  dos 130 anos do final do “Cerco da Lapa”

O Papel do Zelo Patrimonial:

A responsabilidade sobre o patrimônio histórico é um compromisso coletivo. Órgãos públicos, especialistas em restauração e a comunidade local desempenham papéis cruciais. A celebração do aniversário do Pantheon dos Heróis e do cerco da Lapa não deve ser apenas um olhar para o passado, mas uma promessa de preservação para o futuro.

Conclusão:

A preservação do patrimônio histórico não é apenas uma tarefa técnica, mas um ato de amor e respeito pelo nosso passado. No cuidado minucioso dos telhados e calhas, na compreensão profunda do estuque, encontramos os alicerces para garantir que as futuras gerações possam testemunhar a grandiosidade do Pantheon dos Heróis e de outros monumentos que moldaram a nossa história. Que a celebração dessas datas não seja apenas uma reverência ao passado, mas um compromisso renovado com o legado que carregamos.

*Marcio Assad é graduado em Gestão Pública e Gestão em Turismo.

 

Coluna Culturistar por Márcio Assad.