Parque Lage: imperdível espaço de turismo cultural e ambiental no Rio de Janeiro

O Parque Lage é um espaço muito especial da cidade maravilhosa. São 52 hectares de área verde e uma majestosa construção que já foi um engenho colonial, mantendo muito de sua construção original e que hoje serve como atrativo cultural do Rio.

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Observa-se assim que, além da beleza natural do espaço, há muitas intervenções arquitetônicas e artísticas belíssimas no local. Um exemplo são as plantas dos jardins, que nos moldes dos palácios europeus são cortadas em formato geométrico. Há também o lago e as ilhas artificiais.

 

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Observa-se assim que, além da beleza natural do espaço, há muitas intervenções arquitetônicas e artísticas belíssimas no local. Um exemplo são as plantas dos jardins, que nos moldes dos palácios europeus são cortadas em formato geométrico. Há também o lago e as ilhas artificiais.

 

Outra beleza criada é o lindo chafariz, à entrada do palacete. Também enfeita o espaço externo uma estátua de um estudante de artes que, segundo dizem, retrata Tom Jobim. Na tela do dito estudante figuram Tom Jobim e seu filho, quando plantaram uma palmeira no local.

Outra intervenção artística são as cavernas artificiais com aquários incrustados nas paredes, simulando uma gruta. Construídas em argamassa, imitam rochas, onde é possível observar uma variedade de peixes tipicamente dos biomas de rios brasileiros, dentro de 12 tanques (sendo o maior com capacidade peara seis mil litros de água).

Outros atrativos são os brinquedos e parque infantil, além de espaço amplo para piquenique e trilhas – que levam ao Cristo Redentor.

Pesquisando a fantástica história desse lugar descobrimos que a construção denominada como engenho Del Rey, pertencia a Antonio Salema, governador do Rio de Janeiro no século XVI.

A partir de 1660 o engenho foi adquirido por Rodrigo de Freitas Mello – o mesmo personagem que nomeia a famosa lagoa – que na ocasião margeava a propriedade.

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No início do século XIX, um nobre inglês adquiriu parte das terras e este encomendou ao paisagista John Tyndale a tarefa de desenhar os jardins. Em seu projeto o paisagista fez a junção da beleza tropical da floresta da Tijuca com o romantismo inglês. O casario seguiu os moldes das quintas europeias.

Em 1859 parte da área foi vendida para Antonio Martins Lage, tornando-se na Chácara Lage. A propriedade foi vendida e readquirida em 1920 pelo empresário Henrique Lage (neto de Antonio Martins Lage). Ele apaixonou-se por um cantora lírica Gabriella Besanzoni.

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Para agradar a amada, determinou em 1920 que o palacete fosse remodelado, entregando ao arquiteto italiano Mario Voldrel, que deu-lhe a aparência atual. Na verdade, Henrique Lage era apaixonado por arte e, sua encomenda sugeria que a construção fosse feita nos moldes de um palácio romano, reformulando assim uma parte do projeto paisagístico anterior.

Alguns dos materiais utilizados na construção foram trazido da Itália (mármores, azulejos e ladrilhos) e as pinturas decorativas de seus salões têm assinatura do artista Salvador Paylos Sabaté.

 

O imóvel foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em 1957 e integra o patrimônio paisagístico, ambiental e cultural da cidade do Rio de Janeiro.

O casal Lage perdeu a propriedade e hoje esse espaço atualmente é a sede da EAV (Escola de Artes Visuais) do Parque Laje que, desde 1975, substitui o antigo Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro.

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Durante a Ditadura Militar brasileira, que durou e 1964 até 1985, o Parque Lage tornou-se um espaço de resistência para a exibição de arte livre e eventos como palestras, festivais e exposições.

Seguindo a tradição de valorização das artes, a EAV oferece cursos para iniciantes e capacitação. Também abriga exposições, seminários e mostras de vídeos e outros eventos alusivos às artes visuais.

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O casarão foi construído em sua última versão em torno de uma bonita piscina. A edificação inclui hoje uma biblioteca e auditório, além de um agradável espaço de gastronomia.

 

Por sua beleza intocável e seu valor histórico, além da área verde preservada em pleno centro do Rio de Janeiro, o parque Lage foi utilizado para ambientar documentários, diversas cenas de comerciais, clipes e filmes do cinema nacional.
A propriedade é parte do Parque Nacional da Tijuca e possui exuberante floresta com espécies animais e vegetais da Mata Atlântica. Localiza-se nas encostas do Maciço do Corcovado e ao lado do Jardim Botânico.

 

Durante o período colonial abrigou o engenho Del Rey, de produção de açúcar, fazendo assim parte da história não apenas do Rio, mas do Brasil.
O espaço está aberto gratuitamente para visitação entre as 8 e 17 horas. Podem ser agendadas, por e-mail, visitas guiadas, para grupos especiais (escolas, faculdades, etc.). Os guias apresentam o parque, o conjunto arquitetônico e paisagísticos (cavalariças, capela, gruta, torre, lavanderia de escravos, etc.)

 

 

SITE DO PARQUE: https://eavparquelage.rj.gov.br/

 

 

Como citar esse Artigo:
REFERÊNCIAS
Panfleto de visitação.
VIDAL, Leo. Parque Lage no Rio; de engenho a cartão postal. Disponível em: https://panoramadeviagem.com.br/parque-lage-rio-de-janeiro/?fbclid=IwAR2d3M-_QUf5hh0pz2AjsjfUvhhgdMMdsADFc7ykJur1yOQIvoVl7ySxpFI. Acesso em 20/02/2023
Conheça a história de criação do palacete. Disponível em: https://eavparquelage.rj.gov.br/parque-eav#perguntas-frequentes. Acesso em 20/02/2023

 

Cássia Araújo e Souza, Historiadora

Sany E. A. Souza, Turismóloga