Ecovila Gruta do Monge : uso sustentável, educação ambiental e eco turismo

| Projeto na Lapa propõe soluções ao meio ambiente nos terrenos  particulares da área municipal do morro do Monge, com erradicação de espécies  exóticas invasoras e repovoamento com pinheiro do Paraná, além da utilização sustentável, educação ambiental e ecoturismo. 

As Espécies Exóticas: Pinus (O Pinus elliottii é uma espécie nativa da região Sul dos Estados Unidos, e eucaliptos (Eucalyptus é originário da Austrália, Tasmânia e outras ilhas da Oceania) que estão  presentes  no Parque do Monge e regiões contíguas, fizeram parte de uma política de governo e no interior do próprio  parque havia um viveiro dessas espécies, por outro lado a portaria 192 de 02 de dezembro de 2005 do IAP – Instituto Ambiental do Paraná (atual IAT) normatizou o processo de eliminação e controle de espécies vegetais exóticas invasoras em Unidades de Conservação de Proteção Integral sob administração do IAP, caso do Parque do Monge.

Espécies exóticas invasoras são consideradas como uma das maiores responsáveis por extinção de espécies e perda de biodiversidade do planeta, entende-se como espécies exóticas invasoras aquelas espécies que não são nativas de um ambiente natural e que, uma vez ali introduzidas, têm o potencial para se adaptar, reproduzir-se e dispersar-se além do ponto de introdução, trazendo prejuízos ambientais, sociais e/ou econômicos negativos.

– A situação do processo de invasão, ocupação de habitat e desalojamento de espécies nativas é tão grave que a invasão biológica é atualmente considerada como processo de “contaminação ou poluição ambiental de origem biológica”;

– A invasão biológica está sendo equiparada a mudanças climáticas e à ocupação do solo como um dos mais importantes agentes de mudança global por ação antrópica;

– A invasão biológica por espécies exóticas tende a levar à homogeneização da flora, inclusive em âmbito mundial;

– Espécies exóticas invasoras produzem mudanças e alterações nas propriedades ecológicas do solo, ciclagem de nutrientes, cadeias tróficas, estrutura, dominância distribuição e funções de um dado ecossistema, distribuição da biomassa, taxa de decomposição, processos evolutivos e relações entre polinizadores e interação flora-fauna;

– Espécies exóticas invasoras tendem a alterar o habitat para espécies animais, podem alterar características físicas de ecossistemas, como erosão, sedimentação, e mudanças no ciclo hidrológico, no regime de incêndios, e no balanço energético e reduzir o valor econômico da terra e o valor estético da paisagem, comprometendo o seu potencial turístico;

– Podem, ainda, produzir híbridos ao cruzar com espécies nativas e eliminar genótipos originais, ocupar o espaço de espécies nativas levando-as a diminuir em abundância e extensão geográfica, egundo a citada normativa dentre outras considerações que demonstram a lesividade. 

Já o Pinheiro  ( Araucária Angustifólia) entrou em processo decisivo de extinção. O professor da Universidade Federal do Paraná Flávio Zanette afirma que a decadência da espécie atingiu “nível crítico nos últimos anos” e a Araucária deixou de estar apenas ameaçada. Para repor as árvores com idade avançada uma série de ações imediatas devem ser tomadas para evitar o fim da árvore símbolo do estado, segundo o professor.

Estudioso da araucária há mais de 30 anos, o professor Zanette defende as técnicas de enxerto como uma saída para estimular o plantio econômico da espécie, assim contribuindo para a preservação. Entre as vantagens da araucária enxertada está o início de produção de pinhões em período inferior a 10 anos (sem a técnica, a produção só começa entre 12 e 15 anos). O professor afirma que não há tempo de repor as árvores idosas se não houver uma ação efetiva.

Apaixonado pelos pinheiros do Paraná, pela região do morro do Monge dividido entre área municipal, onde existem áreas particulares e o Parque Estadual do Monge, Marcio Assad, empresário da área do turismo, Guia de Turismo Regional/Nacional/América do Sul e proprietário de áreas na Vila Gruta do Monge, está propondo soluções para a erradicação de espécies exóticas invasoras, repovoamento com nativas, tendo como base as araucárias produzidas pela pesquisa do Professor Flávio Zanette.

” Estamos trazendo de volta para casa a espécie Kaiová, que teve como matriz espécies da Lapa”.

Em seu projeto Assad propõe a organização da  Ecovila Gruta do Monge, em homenagem a denominação original do loteamento que é muito mais antigo do que o parque e tem o reconhecimento do município da Lapa pelo menos desde o ano de 1976, quando se implantou o IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano. Também faz parte da proposta de Assad, uma campanha de convencimento dos outros proprietários de implantarem em seus terrenos RPPN´S – Reservas Particulares do Patrimônio Natural.

Dia 30 de julho haverá um dia de floresta na Lapa, promovido pela APAVE – Associação dos Protetores de Áreas Verdes de Curitiba e Região Metropolitana, que terá seu núcleo inaugurado nesta data na histórica cidade.

MAIORES INFORMAÇÕES: (41) 99986-1011. 

Legenda da Foto: Márcio Assad, com a espécie de Araucária Kaiová, fruto da pesquisa do Professor Zanette.

Matéria produzida pela assessoria de comunicação da Casa do Anfitrião – Monge da Lapa