DIA HISTÓRICO: RESSACRALIZAÇÃO DO PARQUE DO MONGE

O dia estadual do Monge João Maria, 27 de março, desencadeou uma ação extremamente positiva e histórica em relação a ressacralização do Parque Estadual do Monge (que existe há  62 anos), ou seja: voltar a tornar-se sagrado, pois o local que durante mais de 150 anos serviu para oração com pedidos e agradecimento de fiéis ao Monge João Maria, passou por um período em que foi tratado apenas como uma unidade de conservação comum, ficando inclusive fechada durante muitos anos impedindo o acesso dos fiéis. 

Localizado a aproximadamente 3 km do centro histórico da Lapa, o acesso ao parque se faz divisando o  no perímetro urbano do município, pela Avenida Getúlio Vargas, no Bairro onde fica a  Vila Gruta do Monge. O parque é administrado  IAT é um órgão vinculado à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) e atua na gestão de 71 Unidades de Conservação do Estado, sendo 29 Parques Estaduais. E foi justamente por uma atitude do IAT, que possibilitou esse momento que irá se eternizar na história da irmandade do Monge João Maria, que recebeu autorização oficial do órgão para a utilização do oratório existente no no interior do parque.

“Estamos muito felizes e emocionados”

diz Márcio Assad, coordenador cultural do grupo que é cristão e ecumênico e que tem por missão o resgate histórico da religiosidade em torno do Monge João Maria e seus feitos, no Paraná, Brasil Meridional e nas três Américas por onde andou.

Assad explica que a figura do Monge tida como um santo pelas populações, sobretudo os mais humildes, é a junção de três personagens: João Maria de Agostini, João Maria de Jesus, e José Maria de Santo Agostinho.

O Parque do Monge em outrora deu a Lapa a terceira posição no ranking de visitação turística no estado do Paraná, não era raro termos finais de semana com uma média de 60 a 100 ônibus com visitantes das mais diversas regiões do Estado e isso se justifica, pela presença muito marcante do Monge nos três estados do Sul.

Márcio Assad lembra que só no Paraná, são pelo menos 49 municípios (segundo levantamento da Paraná Turismo), que tem registro de sua passagem e de alguma forma tem suas marcas,seja pelos olhos d ́água, sua Santa Cruz, ou as capelinhas. 

Assad também afirma que  um dos grandes públicos da antiga configuração do parque, antes do fechamento,  era de Santa Catarina,  muito em virtude da atuação do terceiro monge na guerra do Contestado. 

AUTORIZAÇÃO: O motivo de tanta alegria e emoção dos membros da Irmandade do Monge João Maria e dos fiéis é a autorização oficial do Instituto Água e Terra , através da Diretoria de Patrimônio Natural, Gerência de Áreas Protegidas assinada, ontem, dia 29 de março pela Dra. Letícia Salomão,  que  autoriza a irmandade a realizar celebrações histórico-culturais e cultos ecumênicos no oratório, localizado no Parque Estadual do Monge, nos sábados pela manhã e aos domingos no período da tarde.

AGRADECIMENTOS: A Irmandade do Monge João Maria, agradece ao Governo do Estado do Paraná (tem feito muito pelo desenvolvimento do turismo), à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, sua vinculada Paraná Turismo em especial ao setor de turismo religioso, a TV PARANÁ TURISMO, a ADETUR ROTAS DO PINHÃO (instância de governança regional) e muito especialmente ao Instituto Água e Terra.

Finalizando, Márcio Assad diz que o grupo está disposto a ir além e em contrapartida, se empenhar no trabalho de voluntariado em unidades de conservação (oficial do IAT), onde inclusive ele mesmo já se inscreveu, motivando que outras pessoas possam auxiliar na recepção aos turistas e em uma futura brigada de incêndio, tão necessária em virtude de inúmeros sinistros registrados nos últimos anos na área do parque e circunvizinha.