Cristina Scheidt e A Ilha Verde Hotel Pousada: uma história de amor pela Ilha do Mel

Maria Cristina Scheidt, nascida em Curitiba em 23/2/1960, nutricionista, da 1a. Turma de Nutrição da UFPR. Deu aula dos 14 aos 18 anos no Jardim de Infância Faz de Conta.
Dos 18 aos 22 trabalhou na Secretaria Estadual de Saúde, na Diretoria Geral e implantação do soja no PR junto com o PROVOPAR, recém criado pela dona Nice Braga. Depois foi trabalhar com Triagem e Encaminhamento de indigentes na Fundação de Promoção Social do Pr até se formar e ir trabalhar no Suporte Parenteral e Enteral da equipe de transplante renal e cardíaca do Hospital Evangélico e Cajuru. Trabalhou como nutricionista na TENENGE e Petrobrás.
Frequentadora, mergulhadora e amante da Ilha do Mel desde 1981, em 1990 resolveu ficar morando na Ilha.
Sem luz, num terreno que só tinha mato, começou a fazer horta, plantar frutas, flores.
Diariamente comia o que pegava no mar(peixe, siri, berbigão, mexilhão, bacucu, camarão, o que a natureza oferecia no dia), as vezes o que ganhava dos amigos e compadres, e o que plantava.
Uma experiência fantástica.
Nunca sentiu-se só, pelo contrário, foi muito gratificante ficar autossuficiente.
Os dias voavam. Só tinha água para molhar as plantas, das 17 as 18. A água da caixa da casa tinha que economizar pois faltava com frequência.
Conseguia lavar os longos cabelos da época, com apenas 2 galões de 5l de água, deixadas na varanda da casa para aquecer nos dias ensolarados.
Nessa época apareciam pessoas pedindo água, comida, banheiro, etc e, resolveu transformar a casa em pousada pois ficava sozinha na Ilha. Seu companheiro de vida trabalhava em Curitiba e só descia nos finais de semana, feriados e férias.
Colocou 7 beliches na sala, 3 em cada um dos 2 quartos e uma cama de casal no outro e assim, acomodava 28 pessoas. Era o 5 estrelas da Ilha. Ou os turistas ficavam de barraca.
Servia capuccino ou achocolado em pó, preparado na hora pois não  tinha onde se abastecer na Ilha, servidos com pão caseiro e bolo que ela mesma fazia.

Lavava os lençóis numa banheira antiga onde pisoteava-os e, estendia-os muito molhados para ficarem bem lisinhos pois n tinha luz.
Bendita hora que chegou a luz e podia lavá-las em lavadora e passar com ferro elétrico.
Era um verdadeiro desafio.
Foi uma época maravilhosa onde fez muitos amigos.
Aos poucos, com muito trabalho e ajuda do seu companheiro, alguns parentes queridos, colaboradores, foi fazendo outros quartos.
E assim, com muito carinho e amor pela trabalho, atender hóspedes virou missão.
Grata a Deus por cada luta vencida, cada pessoa que a ajudou, cada amigo que fez, cada tombo que levou e os ensinamentos recebidos, inclusive das críticas construtivas.
A Ilha Verde Hotel Pousada é uma verdadeira história de amor.