CIDADE MÃE DO PARANÁ
Paranaguá, aqui começou o Estado do Paraná, uma cidade com grandes riquezas A história de Paranaguá é um conjunto de acontecimentos relacionados à história do Paraná e do Brasil Paranaguá tem sua história confundida com a história do Paraná, e por que não dizer, do Brasil.
O município, inicialmente vila, foi de extrema importância para o desenvolvimento econômico da região sul, fortalecendo a economia e a presença do colonizador, tornando um centro desenvolvido e importante. Tudo começou na Ilha da Cotinga, servindo como porto para extratores de ouro. Já habitavam no território os índios Carijós, responsáveis por batizar a cidade, inicialmente como “Pernagoa” (“Grande Mar Redondo”), como descritivo das paisagens típicas de uma baía grande e com um estuário riquíssimo.
Após, a denominação foi adaptada com o tempo e com as influências portuguesa e espanhola, “Pernaguá”, “Parnaguá” e, definitivamente, Paranaguá. Ainda hoje, é possível encontrar e conhecer os povoados indígenas que habitam a ilha, conservando costumes, a língua, o modo de vida e o belíssimo artesanato.
A colonização desta região do Paraná teve início, aproximadamente, em 1550, com a chegada dos portugueses que ocuparam, pelas mãos de Domingos Peneda, construindo as primeiras habitações e o início do fluxo portuário entre Paranaguá, Rio de Janeiro e Santos. Até hoje Paranaguá encontra-se como território estratégico e extremamente relevante no comércio mundial, após a fundação do Porto de Paranaguá em 1880, sendo o segundo maior porto do Brasil, o maior em movimentação de granéis e o quarto maior porto do mundo. Por um breve período, o território de Paranaguá foi dominado pelos espanhóis, que denominaram de “Baya de la Corona de Castilla”.
O que rendeu à região as influências desse povo, havendo um legado espanhol em alguns traços arquitetônicos, dança e música. Em 1640, o território retorna ao domínio português. E, finalmente, em 29 de julho 1644 se transforma na Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá. Em 1660 se torna uma Capitania, elevada à condição de cidade em 5 de fevereiro de 1842. Já com tamanho status, Dom Pedro II visita Paranaguá em 1880, lançando a pedra fundamental da construção da Estrada de Ferro, eixo viário extremamente importante até hoje e uma obra histórica da engenharia mundial, reconhecida como marco por engenheiros do mundo todo. Ainda hoje é possível conhecer a Estação Ferroviária construída para atender o modal.
O prédio histórico foi totalmente restaurado em 2020, apresentando arquitetura original e acervo com itens que contam a história da ferrovia. Paranaguá possui inúmeros causos, lendas e muita história em seu desenvolvimento. Tais fatos ainda são contados pelos mais antigos e passados por gerações, em um território típico do povo caiçara, constituído por diversas influências que aqui passaram (e ainda passam!). As paisagens observadas em Paranaguá, especialmente a famosa Rua da Praia, onde se contempla o casario do período colonial, bem como todo o Centro Histórico – tombado pelo Iphan em 2009 – contam as influências culturais, a importância econômica e a relevância social que se desenvolveu ao longo dos séculos neste centro. Observar o Mercado do Café, o Mercado do Artesanato e o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal, é vivenciar o que em outros tempos foi local de comércio de um dos segmentos que estruturou a economia nacional, ponto de mercadores que comerciavam no período escravagista, e o Colégio Jesuíta, respectivamente.
Em todo Centro Histórico pode-se encontrar Igrejas, construções, monumentos, o Pelourinho e outros marcos que retratam períodos históricos que compuseram a sociedade atual. A Baía de Paranaguá possui, além de rica história, paisagens naturais deslumbrantes. Além da Ilha da Cotinga, são mais cerca de 10 ilhas habitadas que oferecem cozinha típica, praias, avistamentos de botos e paisagens naturais de tirar o fôlego. A Ilha do Mel, reconhecida como Patrimônio Natural Mundial pela Unesco em 1999, é ponto obrigatório. Além das riquezas naturais que a fizeram patrimonio mundial, como a Gruta das Encantadas, possui muito da história do Brasil, como o Farol das Conchas e a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres.
A visita é sempre recheada com muitas histórias e causos, contados pelos nativos que recebm com a culinária caiçara e com muita receptividade. É uma reserva que não permite a tração animal ou a motor, promovendo caminhadas empolgantes e de paisagens indiscritíveis. Além de seu patrimônio material, Paranaguá possui uma cultura rica e com influências diversificadas. A culinária, desenvolvida pelo povo tradicional caiçara, traz pratos de frutos do mar, como o pirão de peixe, tainha recheada e arroz lambe-lambe, e o famoso prato de carne, o Barreado. Acompanhado de uma dose de Cataia, tudo fica ainda mais gostoso.
A animação fica por conta da manifestação cultural mais famosa da região, o Fandango. Composto por música e dança, o Fandango Caiçara traz instrumentos peculiares, batidos de tamanco e bailados tradicionais, com muitas cores e canções que contam a respeito da vida caiçara, das tradições, da cultura e dos habitos dessa gente. Não se pode esquecer ainda o boi-de-mamão, a Bandeira do Divino Espiríto Santo e outras manifestações de um povo de grande fé e orgulhoso de suas origens. O povo de Paranaguá é apaixonado por suas origens.
Tranfere sua paixão em sua fé, com muitas Igrejas históricas, inclusive o Santuário de Nossa Senhora do Rocio, que abriga a imagem da padroeira do Estado do Paraná, único estado do Brasil a possuir tal honraria. É apaixonado, também, pelo seu time de futebol, o Rio Branco, conhecido como “Leão da Estradinha”, um dos times mais antigos do Estado do Paraná.
“Paranaguá está de braços abertos para receber os turistas dos quatro cantos do Brasil e do Mundo. A administração do prefeito Marcelo Roque é muito preocupada e atua para manter viva a história da cidade, fomentando o consumo de cultura e turismo, assim como a equipe da Secultur”, salientou Harrison de Moreira Camargo, secretário de Cultura e Turismo, (Secultur).