Baker Street, 221b: o endereço mais conhecido do mundo

 

Visitar Londres e não conhecer a casa de Sherlok Holmes parece ser uma heresia, mesmo para quem não aprecia as façanhas do detetive mais famoso do mundo. Também famoso é o seu endereço, que o governo britânico transformou em museu, em 27 de março de 1990.

Desde que Sir Arthur Conan Doyle escreveu e divulgou as façanhas do personagem, o endereço tornou-se tão real quanto suas mirabolantes estórias. As primeiras publicações aconteceram em 189l, na revista Strand.

 

Com base na realidade do escritor, a casa foi construída em 1815, tornando-se monumento arquitetônico e histórico do povo inglês, por ato da monarquia. Ali funcionou uma pensão, a partir de 1860 até 1934. Fechada por muito tempo, foi adquirida pela Sociedade Internacional de Sherlok Holmes.

Aberta às visitações diariamente, a partir das 9:30 horas até às 18 horas, na casa supostamente teriam vivido Sherlok Holmes e seu fiel amigo, Dr. Watson, durante mais de 20 anos (de 1881 a 1904). É uma bela construção da Era Vitoriana. ”Elementar, meu caro Watson”, diria o detetive.

 

A visita a esse endereço é imperdível e inesquecível para qualquer turista. Crianças e adultos vão se apaixonar. É um universo mágico. Trata-se de um lindo sobrado, discretamente exposto entre diversas obras do século XIX, de frente à rua Baker Street.

O escritório de Dr. Watson ficava ao lado do quarto da Sra. Hudson, no segundo andar, com um pequeno pátio aos fundos. Hoje todo esse espaço é ocupado com objetos em exposição, como livros, fotografias, gravuras e periódicos da época. fantástico! Uma verdadeira viagem no tempo…

Na verdade, Holmes e Dr. Watson moravam na hospedaria da senhora Hudson, a dona das chaves. Junto ao escritório fica o dormitório de Sherlok, mais aos fundos do piso superior.

 

Watson descrevia o espaço do escritório como pequeno, porém iluminado por duas largas janelas. Sabe-se também que, partindo de seu quarto, Holmes teria alcançado as cortinas do escritório com apenas um pequeno salto. Houve também ocasião em que um homem tão grande entrou no escritório que “quase encheu a casa inteira”.

 

O modo de escrever de Sir Arthur Conan Doyle, com detalhes tão minuciosos e casos tão inteligentemente criados, convenceu ao longo dos anos que Sherlok realmente existiu. E o museu se aproveita muito bem desse mito que se criou em torno do detetive. Assim, é muito comum “tropeçar” em bonecos de Sherlok, Watson, Sra. Hudson, mensageiros e diversos outros personagens dos contos. Alguns desses personagens repetem as cenas
de famosos crimes desvendados pelo detetive, até meio assustador…

 

 

No primeiro piso, onde funcionava o escritório de Holmes encontra-se hoje uma das muitas atrações do museu: a exposição de cartas escritas por fãs, ao longo dos últimos l00 anos.

 

 

 

Ali também está composta sua escrivaninha, busto de bronze do detetive, além de seus objetos pessoais como: capa, chapéu, cachimbo, penas, relógios, etc. Sem contar os objetos de decoração, lindamente alinhados e belos, como os castiçais, lustres, cadeiras…

 

 

O quarto de Holmes mantém sua cama e objetos pessoais. O banheiro é um cômodo à parte, com os apetrechos de barba, vaso e outros objetos característicos da Era do ouro e colonialismo inglês.

Ali tudo foi composto com muito realismo, desde a entrada até mesmo depois da visitação. Não se espante se na saída tiver a sensação que haverá carruagens puxados por cavalos nas ruas, com damas e cavalheiros com seus chapéus e elegância inglesa.

 

Para completar a magia, do lado do prédio há uma lojinha de souvenir, com absolutamente tudo sobre Sherlok Holmes e sua obra, inclusive os próprios livros à venda. Sem exagero, fiquei mais de uma hora olhando item por item e escolhendo a lembrança adequada para comprar. As opções vão desde objetos de arte, em cerâmica, gravuras, bustos, gorros, bolsas, camisetas, chaveiros, canecas, etc.

 

Os guias são muito simpáticos, e estão vestidos à moda vitoriana. Fotografei tudo! E até filmei (tstststs), DEPOIS, como boa brasileira, descobri que era proibido (kkkk). Ainda bem que não exigiram que eu apagasse as filmagens…

 

Folheto guia da visitação

 

FONTE: Folheto guia da visitação (imagem acima)

 

Cássia Araújo e Souza, Historiadora

Sany E. A. Souza, Turismóloga